Marina Silva, nascida como Maria Osmarina Silva de Souza, figura entre os 3 candidatos à eleição para presidência da República no Brasil com chances reais de ganhar. Marina Silva é historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política.
Marina atua na política desde 1984, tendo iniciado sua carreira como vice-coordenadora da CUT – Central Única dos Trabalhadores – no Acre. Em 1985 filiou-se ao PT e foi eleita em 1988 como a vereadora mais votada de Rio Branco. Em 1990 foi eleita deputada estadual pelo Acre e em 1994 chegou ao cargo de senadora da República aos 36 anos, sempre com expressivas votações. Foi reeleita em 2002 com três vezes mais votos que na eleição anterior e em 2003 foi nomeada ministra do Meio Ambiente do então governo do presidente Lula, onde permaneceu até maio de 2008. No mesmo ano migrou do Partido dos Trabalhadores para o Partido Verde. Em 2010 concorreu à presidência da republica pelo PV, tendo obtido o 3º lugar nas votações em todo o país. Em 2013, filiou-se ao PSB – Partido Socialista Brasileiro – para concorrer como vice na chapa de Eduardo Campos, após tentativa sem êxito, de abrir o seu próprio partido. Marina Silva tornou-se candidata após o falecimento de Campos em 13 de agosto último, assumindo a cabeça da chapa em seu lugar.
Marina Silva nasceu em 8 de fevereiro de 1958 em Breu Velho, a 70 quilômetros de Rio Branco no Acre. Seu nascimento foi realizado pela avó que era parteira. Seu pai era seringueiro e sua mãe dona de casa. A candidata, que teve 10 irmãos, 8 ainda vivos, passou a infância e parte de sua adolescência vivendo com a família numa palafita no seringal Bargaço. Em 1967, a família mudou-se para Manaus para abrir uma taberna, que durou pouco e alguns meses depois mudaram para Santa Maria no Pará. Em 1969 voltaram para o seringal, ocasião em que Marina começou a trabalhar para ajudar a família. Com 15 anos, a candidata perdeu a mãe e mudou-se para Rio Branco para tratar de uma hepatite, a principio diagnosticada como malária. Na mesma época, Marina perdeu duas de suas irmãs, falecidas de sarampo e malária. Ao longo de sua juventude e adolescência, teve diversos problemas de saúde tais como malária, contaminação por mercúrio e leishmaniose. Em 1974 passou a viver definitivamente em Rio Branco, recebendo cuidados do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi.
O primeiro trabalho de Marina Silva foi como empregada doméstica, depois da desistência do desejo original de ser freira. Marina casou-se duas vezes. Da primeira união nasceram Shalon e Danilo; e da segunda em 1986 com o técnico agrícola Fabio Vaz de Lima, com quem permanece casada, nasceram Moara e Mayara. Apesar de ter sido educada no catolicismo, Marina entrou para a Assembleia de Deus em 1997.
Marina permaneceu analfabeta até os 16 anos, quando foi matriculada no Mobral, o projeto de alfabetização implantado pelo regime militar. Após concluir a alfabetização, seguiu seus estudos e prestou vestibular pra História, formando-se em 1984, pela Universidade Federal do Acre, aos 26 anos. Depois cursou especialização em teoria psicanalítica na Universidade de Brasília, a UnB e outra em psicopedagoaia na Universidade Católica de Brasília, a UCB. Em 2010, interrompeu outra especialização que cursava na Argentina para se dedicar melhor à campanha eleitoral de que participava.
Em 2010, ano de sua primeira candidatura à presidência, a jornalista Marilia de Camargo César lançou uma biografia sobre ela. O livro, “Marina, a Vida por uma Causa”, foi prefaciado por Fernando Meirelles e editado pela Mundo Cristão. Em 2011, a editora anunciou que assinou um contrato com a cineasta Sandra Werneck, cedendo os direitos para a adaptação do livro ao cinema. O longa-metragem, que está em projeto e produção, não tem data definida para iniciar as filmagens. Em 2014, Werneck divulgou que as filmagens foram adiadas por falta de patrocínio. Marina declarou que deseja que o filme não tenha cunho político.
Em 2012, na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, a candidata carregou a bandeira dos anéis olímpicos juntamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o maestro argentino Daniel Barenboim e vários outros prêmios Nobel. O convite foi realizado pelo Comitê Olímpico Internacional em reconhecimento ao seu trabalho como ambientalista.
Sua atuação e luta pela preservação do meio ambiente conquistou reconhecimento internacional e Marina Silva recebeu vários prêmios tais como o “Champions of the Earth”, da ONU – Organização das Nações Unidas, por sua luta para proteger a Floresta Amazônica e o The Duke of Edinburgh’s Award da ONG internacional WWF pela criação do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia Regional; foi premiada ainda em Oslo, na Noruega, com o prêmio da Sophie Foundation e em Mônaco, pela Fundação Príncipe Albert II, com o Prêmio sobre Mudança Climática por sua atuação na área ambiental e pelas iniciativas para criar um desenvolvimento sustentável.
Em 2013, Marina Silva foi eleita pela Revista Época como uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil e incluída na lista da BBC Brasil dos 10 brasileiros que foram notícias no mundo naquele ano. Marina angariou o título de “ícone do movimento ambientalista” pelo jornal The New York Times.
PERFIL VOCACIONAL
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