Aécio Neves, batizado Aécio Neves da Cunha, é o líder do movimento oposicionista que pede auditoria nas eleições de outubro passado e transparência no julgamento do “petrolão”. Aécio é economista, político e mineiro, nascido em Belo Horizonte e descendente de uma família tradicional de políticos do Estado de Minas.
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Do lado materno, Aécio é neto do ex-presidente Tancredo Neves, com quem iniciou sua carreira política ao ingressar na campanha do avô para governador em 1981. Depois de vencidas as eleições, Aécio tornou-se secretário particular de Tancredo e foi assim que adquiriu suas primeiras experiências políticas. Do lado paterno, seu avô Tristão e seu pai Aécio, foram deputados federais por Minas Gerais.
O candidato passou sua primeira infância em Belo Horizonte e só retornou a BH para se engajar na política ao lado do avô, passando a exercer sua secretaria particular. Nos anos seguintes, participou do movimento “Diretas Já”, da campanha de Tancredo à presidência da República e o acompanhou em diversas viagens a países democráticos, estratégia política adotada para a transição política no Brasil da época, que passava do regime militar à democracia, tendo conhecido Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, François Mitterrand, presidente da França, Sandro Pertini, presidente da Itália, Rei Juan Carlos da Espanha e o Papa João Paulo II. Na ocasião, foi nomeado como secretário de Assuntos Especiais da Presidência da República e com a morte de Tancredo e a posse do vice-presidente José Sarney, Aécio e todos os ministros e assessores nomeados por Tancredo renunciaram. Na ocasião, Aécio foi nomeado diretor da Caixa Econômica Federal.
Em 1986 foi eleito deputado federal com o maior numero de votos no estado até então e participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a nova constituição do Brasil em 1988. Foi reeleito em 1990, 1994 e 1998. Foi eleito Presidente da Câmara dos deputados em fevereiro de 2001 e lá permaneceu até dez de 2002, tendo assumido a Presidência da Republica em 26 de junho de 2001 interinamente.
Em junho de 2002, o então governador Itamar Franco desistiu de concorrer à reeleição e os deputados federais e estaduais do PSDB escolheram Aécio para disputar em seu lugar. Renunciou ao cargo de deputado para concorrer ao de governador do estado de Minas Gerais e em outubro de 2002, foi eleito governador de Minas Gerais já no primeiro turno, sendo o primeiro governador a obter esse feito na história do estado.
Em março de 2006, anunciou sua candidatura à reeleição. Desde o início da campanha, seu índice de popularidade era muito alto e a coligação que apoiou era formada por 10 partidos. Sua vitória no primeiro turno era dada como certa por vários analistas políticos e mesmo assim ele manteve um bom relacionamento com as lideranças petistas. Na votação realizada em outubro daquele ano, Aécio foi reeleito governador de Minas Gerais com 73,03% dos votos. Aécio permaneceu no cargo até março de 2010, quando renunciou para se candidatar a uma vaga no senado, sendo substituído pelo vice-governador Antônio Anastasia.
Seu governo ficou conhecido como gestão de choque, propondo redução de despesas, reorganização e modernização do aparato institucional do Estado, implementando novos modelos de gestão. O “choque de gestão” propôs o envolvimento de todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual, com o objetivo de melhorar a qualidade e reduzir os custos dos serviços públicos do estado. O “Choque de Gestão” contemplava a obtenção de resultados baseados na qualidade e na produtividade, envolvendo incentivos que induziam ao maior comprometimento por parte de todos os atores, previa o investimento na capacitação do servidor público estadual e a adoção de novos modelos de parcerias público-privadas que possibilitassem melhores serviços aos cidadãos.
Alguns políticos criticaram muito o novo modelo de gestão implantado, mas vários especialistas e inúmeras publicações de grande circulação fizeram extensas reportagens demonstrando a realidade positiva do modelo mineiro de administração. Inclusive, um dos principais autores dessa política, o professor Vicente Falconi, tornou-se bastante procurado para aplicar o método em outras esferas da administração pública, até mesmo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Aécio liderou o ranking de avaliação dos governadores feito pelo Instituto Datafolha em dezembro de 2007, em março e em dezembro de 2009. O índice de aprovação ao seu governo quando deixou o estado era de 92%, sendo que 76% consideravam seu governo como ótimo ou bom. Em 2010, Aécio esperava ser o candidato à presidência da República pelo seu partido, o PSDB e, por diversas vezes, negou a possibilidade de formar uma chapa encabeçada por Serra. Em novembro de 2009, apresentou suas propostas caso fosse escolhido como o candidato do partido, mas no mês seguinte, diante da hesitação do PSDB e de Serra em posicionar-se como candidato, Aécio anunciou que seria candidato ao Senado Federal. Nas eleições de 2010 foi eleito o senador com a maior votação do Estado. Assumiu o cargo em fevereiro de 2011 e, em 2013, foi escolhido presidente nacional do PSDB, substituindo o deputado federal Sérgio Guerra, com 97,3% dos votos entre os mais de quatro mil membros do partido presentes.
Em dezembro de 2012, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lançou Aécio como pré-candidato do PSDB à presidência em 2014. Como na eleição de 2010, José Serra e Aécio travaram uma disputa interna pelo apoio do partido pela candidatura à presidência, mas Serra desistiu em dezembro de 2013, deixando Aécio como único pré-candidato do partido. Ele foi oficializado como candidato do seu partido em 14 de junho e, em 30 de junho último, foi escolhido o seu vice, o senador por São Paulo, Aloysio Nunes.
Aécio foi casado em primeiras núpcias com Andréa Falcão entre 1991 a 1998, com quem tem uma filha, Gabriela Falcão Neves, nascida em 1991. Atualmente é casado com Letícia Weber desde 9 de outubro de 2013. Dessa união, nasceram os gêmeos Julia e Bernardo em 8 de junho passado. Aécio foi considerado pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes em 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013.
Perfil Vocacional
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